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sábado, 14 de agosto de 2010

PCR, PACIFISMO E LEGALISMO RUMO A "REVOLUÇÃO" ELEITORAL BURGUESA

Porque não votar e não acreditar nas eleições burguesas?


Votar ou não nas eleições burguesas, por si só, não irá definir o princípio de ser ou não comunista, pois, sabe-se que durante um período da histórica luta de emancipação ideológica do proletariado, os comunistas tiveram participação ativa nos parlamentos, tribunas, dumas e sufrágio de todas as espécies, mas isto foi necessário num período em que era preciso definir a linha política e ideológica da doutrina revolucionária que surgia, o marxismo, para não se misturar com as teorias miseráveis dos anarquistas, populistas e socialistas utópicos.

Marx e Engels usufruíram das tribunas parlamentares para difundirem as teorias marxistas pelo mundo. Os camaradas russos se aproveitaram da quarta duma, uma espécie de parlamento para os “trabalhadores russos”, para denunciar os abusos da oligarquia Czarista. Porém, como o próprio Lênin alertava: “Fora o poder tudo é ilusão.” E que a quarta duma era uma migalha e não servia aos interesses dos trabalhadores. Na China, não se teve tantas oportunidades de poder falar em tribunas e parlamentos, os companheiros chineses tiveram que empreender sua ideologia revolucionária através de uma atividade intensa direta no seio das massas, rechaçando todas as ilusões que o Kuomintang espalhava ao povo, sobre a idéia de uma transição pacífica pela via eleitoral rumo ao socialismo, o PCCh mostrou que só se pode alcançar o socialismo através da guerra popular prolongada e irreconciliável aos interesses da burguesia. Então, o próprio chefe da revolução chinesa, o presidente Mao Tsetung, afirmou que “O poder nasce do fuzil!”.

Desde a comuna de Paris (1871), Revolução russa (1917) e revolução chinesa (1949) que o mundo teve a oportunidade de conhecer as idéias e as práticas do marxismo, e entender que ser comunista é essencialmente ser um revolucionário. Assumir tal condição é um ato de consciência, se sustentar nesta idéia é um gesto de bravura. Dadas as circunstâncias, após diversos combates travados pelos autênticos comunistas brasileiros é inadmissível avaliar que as eleições burguesas atuais ainda sirvam de alguma forma os interesses da revolução democrática ininterrupta ao socialismo no Brasil.

Qualquer um dos canalhas que ganharem este jogo eleitoreiro não irá mudar a condição de nação capitalista burocrática semifeudal controlada pelo imperialismo ianque, na qual o Brasil se encontra. E sustentar qualquer ilusão neste processo eleitoreiro é trair a luta de todos aqueles que um dia verteram seu sangue em busca de uma sociedade justa e democrática.

O período, aparentemente, “pacífico” em que vivemos é um período de organizar as massas para tomar o poder e não enganá-las no mais reles cretinismo parlamentar eleitoreiro.

O que se tornou o partido que mais se aproximou do entendimento do processo revolucionário brasileiro e hoje se encontra no charco mais imundo do oportunismo eleitoreiro?

Num período onde o oportunismo eleitoreiro e a covardia pacifista tomaram conta do PCB, foi criado o PCdoB para retomar a revolução brasileira, que é papel de todos os comunistas sérios. A idéia de concentrar forças na região do Araguaia foi amplamente criticada pelos companheiros Manoel Lisboa, Emmanuel Bezerra e outros. Segundo eles, o local escolhido era isolado e não favorecia ao desencadeamento de uma revolução, além do próprio povo da região não ter um histórico de luta.

Assim, após a derrota no Araguaia e o assassinato das principais lideranças revolucionárias do PCdoB (Pedro Pomar, Mauricio Grabois e outros), na Lapa-SP em 1976, o PCdoB também é arrastado para a lama graças ao revisionismo de João Amazonas, que modificou todo o estatuto do partido colocando o mesmo sobre as consignas de legalismo, pacifismo e participação nas eleições burguesas, tudo foi aprovado num congresso arranjado na Albânia, onde Amazonas vivia na condição de exilado político.

Então, Manoel Lisboa cria a carta de 12 pontos que fundamenta as bases do Partido Comunista Revolucionário-PCR. A carta autêntica, e não a que o atual Comitê Central do PCR mostra por aí, é o documento mais completo sobre o processo revolucionário no Brasil da época. Apesar, de também ter falhas que agora são possíveis entender melhor que antes, como a contradição imperialismo/nação oprimida que Manoel Lisboa via como a contradição principal do povo brasileiro, mas sabe-se que para resolver as contradições externas, primeiro é necessário resolver as contradições internas, assim a contradição interna principal que sustenta toda a base exploração da grande burguesia e dá brecha a invasão imperialista é o sistema latifundiário, colocando a contradição latifúndio/camponês pobre como a principal e imperialismo/nação oprimida como secundária.

Após vários anos de resistência e combatividade, os bravos revolucionários foram brutalmente torturados e executados pelo gerenciamento militar fascista brasileiro. Tombaram na esperança de que um dia sua memória seria honrada e a luta continuaria, porém os que hoje fazem parte das fileiras do PCR apóiam candidatos ao processo eleitoral burguês e usam argumentos oportunistas para iludir as massas, como um de seus principais teóricos; Lula Falcão, que afirma: “Já a vitória de Dilma nas eleições, embora não signifique nenhuma grande mudança em favor dos trabalhadores, será mais uma derrota para a extrema direita e seus planos golpistas e para o imperialismo norte-americano interessado em aniquilar qualquer rebeldia na América Latina. Permitirá assim, melhores condições para seguirmos nossa caminhada para construir uma poderosa organização revolucionária e organizar a classe operária e o povo na luta contra a exploração capitalista e pelo socialismo.” * Isso é no mínimo ridículo, pois, aceitar ou compactuar com qualquer atividade que propague as eleições burguesas deste velho estado é capitular por mais uma vez a luta revolucionária do povo brasileiro e jogar na lama a história e as vidas dos honrados revolucionários.

Em fim, o PCR o partido que foi o mais avançado da revolução brasileira, e suas respectivas organizações: UJR, CORRENTEZA e o jornal A VERDADE, hoje lambe as botas de toda a camarilha oportunista que habita os redutos eleitoreiros em nosso país. Como ainda não é registrado, por uma mera formalidade, segue servindo como fiel capacho dos partidecos eleitoreiros, tais como: PT, PCdoB, PCB, PSOL, etc...

                                                                                                                   

*Trecho retirado do texto; Derrotar Serra e a extrema direita e avançar na organização e nas lutas dos trabalhadores - de autoria deLula Falcão, membro do comitê central do Partido Comunista Revolucionário-PCR.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esquerdismo, doença infantil do comunismo.

Anônimo disse...

Esse pessoal que fala de esquerdismo sequer leu a grande obra do camarada Lênin que aborda o assunto e não sabe o que é o esquerdismo, por isso utiliza o termo indiscriminadamente.
Argumentar que é bom, nada.